Colapso


Meu Deus! O mundo está em colapso, pois já passou da beira e caiu no precipício. O apocalipse está tão perto que estou quase cega...

São bolsas que despencam vertiginosamente, a crise que galopa às costas dos países, atropelados sem dó nem piedade, sendo ela cheia, crescente ou minguante. È crime que abala o país e comove até os mais durões. E pra completar, eleições americanas quase fechadas em Obama antes mesmo de acontecerem, enquanto as eleições para as prefeituras nacionais, fervilham como óleo quente no tacho.

A mass media se apressa em cobrir os fatos on time, on line e “on ar”, criando e manipulando um clima de constante tensão e histeria; pode até parecer “teoria da conspiração” o que estou dizendo, mas toda miséria é pouca e vende muito, logo, é um negócio rentável e que tem demanda, pensando do ponto de vista midiático, é claro. Por isso é tão importante sustentar essa massa, que cada vez mais busca informação e também é inundada por ela, com o máximo de conteúdo possível, independente de que esta seja infundada ou não.
Pesquisas, especulações e discussões são atualizadas minuto a minuto, e quem não tiver a cabeça no lugar e não souber esperar estará apto a cometer qualquer absurdo.

Sei que é extremamente preocupante essa crise, mas perder a cabeça e não procurar a informação correta também não é o melhor a fazer. Um momento delicado como esse exige cautela nas ações para contornar a situação, afinal é uma reação em cadeia lenta e gradual, visto que seus nós têm que ser desenrolados passo a passo.

Em se tratando de momentos delicados, a cidade de Santo André nunca mais será a mesma depois da morte de uma adolescente pelo ex-namorado, que teve proporções midiáticas e de grande comoção nacional. Eloá, 15; Lindembergue, 22; Nayara, 15, e uma operação desastre foram o prato cheio da mídia canarinho essa semana com os complementos de sempre, apelo emocional e cobertura 24 horas em todos os meios. Os resultados não podiam ser diferentes: falhas da polícia, uma inocente morta e um criminoso anti-herói, uma vez que este teve perfil de aparente bom moço comprometido por uma desilusão amorosa. Por outro lado, com todas as atenções voltadas para Santo André, esquecemos do dólar que oscila loucamente nas bolsas do mundo inteiro.

Se as bolsas oscilam inconstantes, Barack Obama mantém-se firme pendendo e muito para a vitória na disputa pela Casa Branca. Na reta final para o momento das eleições americanas, aparece como grande favorito e com ampla vantagem John Mccain. Negro, descendente de muçulmano e impregnado de vontade de mudança é apontado como quem vai colocar a hegemônica, e atualmente desequilibrada, potência nos eixos.

As eleições municipais daqui do Trópico de Capricórnio, chegaram ao fim em alguns lugares, e em outros ainda tem o segundo turno. Salvador é um dos municípios que teve sua disputa adiada para o segundo turno. Os candidatos estão praticamente empatados brigando por cada voto, fazendo a eleição mais acirrada dos últimos 40 anos. Depois de 4 décadas vivendo sob um mesmo domínio político a capital baiana parece acordar do sono hibérnico em que se encontrava e caminhar rumo às mudanças. A primeira, com a inesperada e bem vinda vitória de Jaques Wagner sobre um dos últimos dos moicanos do carlismo Paulo Souto para o governo do Estado. Enquanto que a segunda mudança, ainda no âmbito político, é a ausência de carlistas na disputa do segundo turno.

E o que esses clichês têm a ver uns com os outros?! É um detalhe bem pequeno quase invisível: a proposta de querer mudar. O mundo continua a girar freneticamente e as coisas continuam as mesmas mudando apenas os personagens, cabe a nós querer não mais se entregar de vez a tudo que se vê e ouve por aí; não fazer dos crimes descomedidos um circo, um plebiscito, um júri popular ou ainda deixar que qualquer um te represente. Que os ventos sempre soprem a favor de mudar.


Um comentário:

Larissa Reis disse...

É "Maria", o mundo está em colapso mesmo! Mas pelo menos essa confusão toda serviu para que voltasse a escrever com todo o gás e intimidade com as palavras, como sempre.

E que venham as mudanças!

bjooo